adoro quando me subestimam

Ontem, já nem sei a que propósito, lembrei-me de uma vez que fui tomar café com um gajo, há algum tempo atrás. Eu, com esta mania de que todas as pessoas têm algo com que possamos aprender e que vale a pena conhecer até prova em contrário, resolvi dar-lhe uma hipótese, até porque o indivíduo aparentava ter algum interesse. Mas foi sol de pouquíssima duração.
Ao fim de 10 minutos de conversa já estava mais entediada que sei lá o quê. Revelou-se ser daquele género metido a engraçado mas que não tem piada nenhuma. E, ainda por cima, achava-se mais culto e inteligente que os outros. Insuportável!
Não sei o que o levou a pensar que estava perante um ser de gama inferior, mas tratava-me como seu fosse burra! Talvez fosse por eu não me ter achado piada nenhuma das suas graças. Lá pensou que não as percebia. Coitado, ainda as tentava explicar por cima. E eu sempre com aquela cara de "não estou a perceber".
Normalmente eu até gosto quando me subestimam, gosto de gozar com a situação e aproveitar o lapso para ver as pessoas como elas são. Mas, neste caso, não havia nada para ver.
Elogios e conversa da treta, daquela pré-fabricada em frente ao espelho. Nada nele era genuíno. Parecia saído de uma daquelas séries norte-americanas de teens. A intenção deveria ser impressionar-me mas não estava a conseguir, nem para lá caminhava.
Enquanto ele abria e fechava a boca, eu reparava num casal que estava na mesa do fundo. Dava para sentir que o que sentiam era verdadeiro só da maneira como se olhavam. Estariam conscientes da sorte que tinham? Com aquele pensamento apercebi-me que não estava ali a fazer nada. Assim, levantei-me alegando ir comprar tabaco. Ele ainda me chamou a atenção para o facto do meu maço estar cheio, ao que eu respondi estar a precisar de algo mais forte...

1 comentário:

Carpe Diem disse...

Aqui estou de regresso aos comentarios no blog... espero que este texto n seja alguma indirecta...

Sabes que adorei ver o teu sorriso?

Beijos
Nuno.