desconexões

Eu sei que sofro deste mal terrível que é dizer o que penso sem rodeios. Também sei que nem toda a gente tem estrutura para aguentar com a minha exagerada frontalidade. É algo que tenho vindo a tentar melhorar mas que, segundo parece, não está a resultar.
No entanto, posso garantir que sou tão ou mais exigente e implacável comigo.

Sei que por vezes magoo sem querer pessoas de quem gosto mesmo muito. Quando se magoa sem querer, é quando mais magoa. Também sei disso. Mas é praticamente inevitável. São sempre as pessoas que mais gostamos as que estão mais próximas e as que acabamos por magoar mais.
Na maior parte das vezes, magoo porque acredito que a verdade nua e crua é sempre a melhor opção. Parece que o faço sem dó nem piedade mas não é verdade!
Só me falta descobrir que verdade é essa...

Li algures que nós somos sempre o reflexo de quem temos pela frente. Funcionará ao contrário?
Esta será uma questão com relação quase directa para a minha grande questão acerca de agir e reagir.

Será também legítimo afirmar que a verdade pode ter várias faces. Quem sou eu para fazer valer a todo o custo a minha verdade?

Dizem-me que eu mino, inconscientemente, a minha felicidade.
Teimam em me dizerem coisas deste género. Que posso eu fazer?
É bem possível que o faça. Não tenho a certeza. Talvez porque desconfio que tudo é efémero e que, mais dia menos dias, tem um fim. Logo, de que serve adiar o inevitável?
Mas não, não receio ser feliz. Até porque me considero razoavelmente feliz.
No entanto, recuso-me a depositar a minha felicidade nas mãos de alguém e recuso terminantemente que alguém deposite a sua nas minhas mãos.

1 comentário:

Carpe Diem disse...

Eu n quero depositar nada nas tuas mãos e tu n ponhas nada nas minhas, podemos e juntar as maos e partilhar momentos, isso é bom e seres sincera é uma grande qualidade!!