roteiro noturno da cidade invicta I

Desafiaram-me a fazer um roteiro da noite portuense. Desafio aceite.

Começo por um dos meus programas preferidos: o ralli antros.

Casa de partida: esplanadas do café Ancora d’ Ouro, mais conhecido por Piolho.
Ideal para tomar um café e beber um fabaios.
Não dá para andar por lá durante muito tempo, fica muito cheio e o pessoal é muito irrequieto.

Depois do café, está na altura de começar a atestar o depósito.

Se ainda for cedo, podem optar pela Rua Galeria de Paris. Zona hype da cidade neste momento. Tanto quanto soube, querem transformar esta zona da cidade numa espécie de Vigo: toda a gente a conversar e a beber na rua, muitos bares, todos sem consumo obrigatório. A malta agradece!

Nesta rua temos: Café au Lait (café/bar pequeno mas muito acolhedor. Sonoridades: Electrónica, Jazz, Blues, R&B/Soul. Permitido fumar.), Café de Paris (café/ piano-bar espaçoso com uma decoração excelente. Cuidados com os bolos, de óptimo aspecto. Durante a semana tem mesmo um senhor a tocar piano. Sabe bem!... Não é permitido fumar) e Casa do Livro (bar com uma bonita decoração. A faixa etária dos seus frequentadores é um pouco elevada, comparado com outros espaços. Tem noites muito animadas, dependendo do DJ.)
Curiosamente, este três espaços são como as cores de um outfit: complementam-se. Em qualquer um se está bem. Mas, de pouco interessa, porque o pessoal fica todo na rua, a apanhar ar na moleirinha.

Próxima paragem: Pherrugem (depois do teatro Carlos Alberto.)
Um bar minúsculo ao lado do Pipa Velha. Este último é o bar ideal para se estar a conversar, beber uma sangria e depenicar uns petiscos. Tem espaço para fumadores e tem Guiness (mas não é de pressão). Para beber uma pint, nada melhor que ir à origem: Ryans (bar Irlandês), ao lado do Real Feytoria, na zona da Ribeira.

Voltando ao Pherrugem.
O bar é pequeno e é permitido fumar. Ou seja, a meio da noite já é impossível respirar lá dentro. O género musical depende do dia e do DJ de serviço, mas anda sempre à volta do rock, pop-rock, indie-rock, oldie-rock, rock. As bebidas são a um preço muito acessível (baratas mesmo!) e servem as melhores caipirinhas da cidade. Eu desconfio que eles servem as caipirinhas em copos furados porque elas somem-se com uma rapidez!... Já os mojitos não valem nadinha.

Depois do Pherrugem, começa a ser hora de pensar num sítio para ir. Hipóteses: Armazém do Chá ou Plano B. (Ainda é cedo para ir ao Tendinha!)
O Armazém do Chá, situado na rua do Lusitano, é um espaço recente e muito agradável. Bar com dois pisos, amplo, decoração muito porreira. Fui lá uma vez à semana e estava praticamente vazio. Fui lá uma vez num Sábado e a casa estava composta. Gosto do ambiente e gostei da música. Pelo menos, não passa mais do mesmo. O que é sempre bom!

O Plano B foi o lugar da moda durante muito tempo, tinha potencial para ter sido muito mais se estes "empresários da noite" não vissem só euros à frente e tivessem meia grama de inteligência. É sempre assim! As casas começam a ter sucesso, começam a facturar e eles vendem-se. Este ano, 2008, fui ao Plano B duas vezes. Das duas vezes que fui disse que não voltava.
Pois é! E tudo muda, minha gente, tudo muda!... Always mutating!

Para finalizar a noite, mais duas sugestões: o clássico dos clássicos, Tendinha, ou o Gare Clube.
O Gare, antigo Passerelle, ao lado da estação de S. Bento, é um espaço moderno e fora de vulgar. Está engraçado. Só fui lá uma vez mas não desgostei. Espaço que privilegia as sonoridades electrónicas. No entanto, tem uma sala mais pequena, sala dos fumadores, onde passa outros géneros musicais, dependendo do DJ.

At last but not the least… Tendinha!!!
Este espaço devia ser objecto de estudo! O sítio é feio, escuro, claustrofobico, cheira a mofo (cheira a Tendinha), o piso tanto cola como é escorregadio (mediante a qualidade da noite: se colar, a noite está fraca; se escorregar, está a bombar!), mas a verdade é que toda a gente lá vai parar. Só passa rock, pouco pop e muito indie, mas depende um pouco do Dj (duh!). As noites da Emília já foram muito boas, de não se conseguir parar de dançar.
Das piores sensações de sempre é quando abruptamente acabam a noite e acendem as luzes. Sem luz, o sitio ainda vai escapando. Agora, quando acendem aquelas luzes é que dá para ver como o sitio é feio!

Perdido por cem, perdido por mil.
Última paragem da noite, primeira do dia: Confeitaria Bom Dia, na Rua dos Clérigos. Quem fica até ao fecho da noite no Tendinha tem de ir “tomar o pequeno-almoço” ao Bom Dia. É da praxe! Também faz parte do roteiro!...

(continua...)

2 comentários:

Anónimo disse...

A propósito do Ryan´s ...Paint ??? Não será Pint ??
Eu tinha de me vingar das tuas correções ortográficas !!!
Eh eh...

G disse...

ahahahahahah

Tiveste mto bem! ;D