as tuas respostas

Quando me perguntaram o que tinhas tu de tão especial para eu me ter apaixonado assim, eu respondi, sem me alongar, que tinhas muitas coisas especiais. Então perguntaram-me o que te distinguia dos outros. Era fácil! O facto de seres completo.

Tu tens um bocadinho de tudo. Consegues ser o que quiseres.
E eu gosto de cada bocadinho. Infelizmente, não fui capaz de o demonstrar convenientemente. Guardei para mim, partilhei com toda a gente. Mas devia ter partilhado só contigo, mais ninguém.
Agora, deixei de responder às perguntas de toda a gente e só respondo a ti, às tuas perguntas.

Tudo o que digo, não digo, penso, não penso, faço, não faço, tem a tua marca, o teu nome marcado, como se continuasses comigo.
Penso no que te posso dizer, no que te devo dizer, no que será melhor para ti.

Todos os dias penso e me arrependo do erro que cometi.
Bastava um impulso teu para eu ter saltado e, no entanto, bastou um impulso meu para te perder.
Os impulsos por vezes pagam-se caros. E eu limito-me a pagar pelo meu.

Talvez não faças ideia do impacto que tiveste em mim e na minha vida. Vida que levava serena e segura até apareceres, qual furacão vindo do nada. Ainda me esforcei por manter tudo como estava mas tu não deste hipótese. Passaste e deixaste tudo de pernas para o ar.
Não imaginas o que me custou retomar aquela vida, que nunca mais foi ou será a mesma.

É curioso que me digas como me sinto.
Começam a aparecer os primeiros verbos conjugados no passado e tu continuas tão presente como sempre.

Tenho a certeza que ninguém me verá como tu me vês e, consequentemente, ninguém gostará de mim como tu gostaste. Eventualmente, terei de me contentar com um amor menor.
Também tenho a certeza, porque me conheço, que muito dificilmente irei gostar de alguém como de ti. Porque não há dois iguais. Porque és único.

Sempre que penso que os sentimentos irão estagnar, arranjas sempre uma forma de me fazer soltar as palavras novamente. Palavras que eu julguei terem secado. Palavras que nunca disse a ninguém. Algumas nem mesmo a ti, apesar de as ter sentido muitas vezes.
Contigo cedo sempre. Pode tardar mas não falha. Pode ser fora de tempo, mas acabo sempre por ceder. Como o consegues, não sei.

No outro dia li-te e lembrei-me de ti. Regressei no tempo e agi sem pensar. Mais um impulso. Não foi por mal. Só não pensei.

Eu desapareci pensando que seria o melhor para ti e para mim. Mas não me peças para ir definitivamente. Não seria capaz de o fazer mesmo sendo um pedido teu.
Deixa-me ficar. Prometo que não darás por mim. Ficarei sossegada a aguardar que voltes a ser que és: bom, mau, rebelde, sensível, sincero, sarcástico, perspicaz, inteligente, complexo, contraditório, temperamental, tudo o que quiseres ser. A aguardar que penses em mim como algo de bom que aconteceu. Que não soube ficar por estupidez. Porque se cansa de ser sempre sensata e por vezes age por impulso, toma más decisões, não tem qualquer sentido de timming, é trapalhona e mete os pés pelas mãos, nunca sabe dizer o que sente, fica sempre à espera que lhe leiam os pensamentos.

Não me queiras mal. Sabes que eu só quero o teu bem, o melhor para ti. Porque tu mereces.
E, acredita em mim, quando te digo que irei gostar sempre de ti. Nada se perde, tudo de transforma. Com o tempo, acredito que o amor se transformará em carinho. Carinho especial, destinado a pessoas especiais. Pessoas que nos marcaram e que foram importantes para nós.
No teu caso, tenho a certeza que será um carinho muito, muito especial.

1 comentário:

Carpe Diem disse...

Realmente ha pessoas que nos marcam e, por culpa nossa ou n, perdemos contacto com elas... contudo, há sempre outros rumos e caminhos a seguir.

Sabes q mais... gostava de estar no teu rumoe ainda digo mais, pegando no texto anterior, n ha programa melhor do que passar tempo ctg.

Beijos
Nuno.