Imaginem-se a flutuar entre o sonho e o pesadelo. De mãos dadas com a criatividade, um caos harmonioso, que nos leva...
Tanto nos apetece fechar os olhos e embalar, como desatar a dançar freneticamente. É assim a música de Animal Collective.
Já me disseram que não conseguem perceber como alguém é capaz gostar da música que eles fazem. Eu compreendo, porque é música difícil, mas tenho pena que assim seja. A música deles não é para perceber, é para absorver pelos poros, é para sentir. Eles não fazem canções, fazem música. Música que nos leva onde quisermos, se tivermos a capacidade de nos deixarmos levar.
Fisicamente estive no cinema Batalha, no concerto, mas foi só mesmo o meu corpo que marcou presença. Tudo o resto viajou: mente e alma. E soube bem!...
Invejo a música deles por ser livre, impassível de classificação, de etiquetas, de rótulos. Ninguém a prende, pelo contrário, todos a libertam. Os músicos libertam-na e o público liberta-a.
Uma paleta de cores infinita, cheia de nuances, imprevisível, marcante, arrebatada, ténue, capaz de nos fazer sentir tudo. Durante cerca de hora e meia de concerto, uma viagem incrível por diversos estados de espíritos. E o poder da música, ou da arte, é mesmo esse: abrir a mente e fazer viajar.
Para quem tiver disposição, tem hoje Cat Power, no Coliseu do Porto. Não tenho dúvidas que será um grande concerto porque a menina é uma verdadeira artista. No entanto, Cat Power no Coliseu... Seria como assistir a um campeonato de berlindes no Maracanã. Passo!
1 comentário:
Não podias ter definido melhor o que é a Arte... se não nos surpreender, se n nos deixa a planar ou a pensar n interessa... bom gosto sim senhora e eu ja gostava do Panda Bear q faz parte dos Animal Colective.
Cat Power é sublime mas n fui assistir ontem aqui no Coliseu de Lisboa, talvez da proxima vez...
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